quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O Treinamento como Centro de Lucro

Miguel Ignatios (1), presidente da ADVB, ao comentar sobre a importância do treinamento, diz o seguinte: “Investir em 'recursos humanos' é o melhor negócio que existe: não tem risco e o retorno é alto”. (Grifo nosso)
Realmente, os fatos estão comprovando que as empresas bem sucedidas consideram o 'RH' e, mais precisamente, o treinamento um ótimo investimento.
De acordo com Hamblin (2):

“Treinamento é um processo que provoca REAÇÕES, que provocam APRENDIZADO, que provoca mudanças de COMPORTAMENTO no CARGO, que provocam mudanças na ORGANIZAÇÃO, que provocam mudanças na CONSECUÇÃO DOS OBJETIVOS FINAIS”.

Portanto, o que o treinamento “provoca”, devemos “medir” utilizando as seguintes avaliações:

· Avaliação tipo REAÇÃO
· Avaliação da APRENDIZAGEM
· Avaliação da mudança de COMPORTAMENTO
· Avaliação dos RESULTADOS – Qualitativos e Quantitativos
· Avaliação do RETORNO DO INVESTIMENTO - ROI

O desafio atual dos profissionais de 'RH' é utilizar as avaliações para provar que treinamento é investimento que dá resultado; muito resultado!
Para as empresas que desejam transformar o treinamento e desenvolvimento de pessoas num verdadeiro centro de lucro, uma das estratégias recomendadas é a implementação da norma ISO 10015. De acordo com esta norma e com todas as normas de gestão, não basta treinar; é preciso “provar” que o treinamento deu resultado.
Para avaliar resultados do treinamento existem vários recursos e processos, mas certamente um dos melhores é o ROI.

Num programa de treinamento desenvolvido pela Vale, o índice de retorno – Return On Investiment – ROI – foi de 1977%. (3)
Fatos como este chegam a provocar uma dissonância cognitiva, ou seja, as pessoas custam a acreditar que este resultado é possível.
Mas, certamente, é possível e até fácil de conseguir, desde que o treinamento seja desenvolvido com eficiência e eficácia:
Eficiência: Quando o treinamento é corretamente desenvolvido de acordo com as diretrizes da norma ISO 10015.
Eficácia: Quando as avaliações do treinamento fornecem evidências objetivas de que os resultados almejados foram alcançados.
Implementar as Diretrizes para Treinamento dadas pela Norma ISO 10015 é uma estratégia que o 'RH' deve utilizar para que o treinamento seja um centro de lucro. ”[...] não tem risco e o retorno é alto”.

Sebastião Guimarães
guimaraes@tgtreinamento.com.br

Bibliografia:

1. Ignatios, Miguel. Palavra de Presidente. Revista Mercado. São Paulo. out.
2007. p.9

2. HANBLIN, A.C. Avaliação e controle de treinamento. São Paulo, McGraw-Hill,
1978

3. O Trilhas Técnicas, um dos modelos educacionais liderado pela Valer Educação
- área responsável pelo desenvolvimento de pessoas, objetiva a formação
contínua de todos os funcionários técnico-operacionais das áreas de minas,
portos, usinas e ferrovias.

Sebastião Guimarães - Professor de curso de pós-graduação da Universidade São Judas, Professor convidado da Fea/Unicamp, e Consultor da T&G Treinamento.

Artigo disponível em: http://www.rtd.com.br

Um comentário:

Dani disse...

Pessoas,

O grifo em 'RH' e 'Recursos Humanos', é pra enfatizar que tal nomenclatura está em desuso por críticas com relação à visão de pessoas como 'recursos'.
Além disso, a Gestão de Pessoas não traz somente um novo nome em substituição ao 'RH'.
Traz uma nova política também, de gestão de qualidade de vida, treinamento e desenvolvimento, retenção de talentos, etc.
Portanto, as pessoas da organização passam a ser o centro, o principal ativo da empresa.